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Maia diz que novo imposto não abre espaço fiscal e defende PEC para teto

A semana foi tensa no Congresso Nacional, com o Senado anulando veto do presidente sobre reajuste salarial de servidores públicos e, em seguida, a Câmara dos Deputados anulando o resultado, para alívio do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Foto: Reprodução

No meio da articulação política estava o presidente da Câmara Rodrigo Maia, que defende, em entrevista à CNN, a continuação da agenda de reformas — mas se posiciona contra as propostas de criação de novos impostos.

“O governo diz que vai trocar um imposto para outro. Acho uma troca ruim, porque um novo imposto não abre espaço fiscal no orçamento. Você pode criar a receita que quiser, enquanto não derrubar o piso não dá para fazer o programa [social]. Se o novo imposto for usado para financiar o Renda Brasil, estarmos aumentando a carga tributária.”

Ele diz que, em vez de tratar da substituição de impostos, o Brasil deveria se voltar para o controle dos muitos subsídios tributários. “Precisamos ter coragem para enfrentar os R$ 350 bilhões de subsídios tributários e tirar de lá os caminhos para financiar o Renda Brasil.”

Questionado sobre se concorda com a manutenção do auxílio emergencial, Maia disse que o valor atual do benefício, R$ 600 mensais, é muito alto para os cofres públicos e ressaltou que para avançar com as discussões sobre a criação de um novo programa social o governo deve enviar sua proposta o quanto antes.

“Disse para o presidente que nesse momento, além de renovar para mais dois meses o auxílio emergencial, o governo deve introduzir debate sobre sua proposta para que a gente possa discutir renda mínima permanente, de onde vai sair o financiamento, porém o auxílio emergencial tem valor pesado para que seja permanente.”

Ele disse que ainda falta o governo esclarecer algumas questões sobre o plano. “O programa vai continuar atendendo a todos? Vai ter política focalizada? Vai continuar atendendo os mesmos que recebem o Bolsa Família? qual valor de repasse?”, questiona.

Da Redação- Luciano Reis Notícias, com CNN.