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Em debate, Harris critica Trump e Pence tenta defender governo americano

Os candidatos à vice presidência dos EUA, Kamala Harris (Democratas) e Mike Pence (Republicanos), debateram ontem (7) pela primeira e única vez antes da eleição. O tom do evento foi muito mais tranquilo e cordial do que o do debate protagonizado por Joe Biden e Donald Trump na semana anterior. A pandemia de coronavírus foi o principal tema da noite e foi usado por Harris para criticar o governo Trump e o atual vice-presidente Pence. “O povo americano testemunhou o que é o maior fracasso de qualquer administração presidencial na história de nosso país”, afirmou Harris. O encontro ocorreu na Universidade de Utah, em Salt Lake City.

Foto : Reprodução/CNN

O tema da pandemia ocorreu em um momento em que o presidente Donald Trump está infectado e em que cada vez mais funcionários da Casa Branca e do Pentágono, além de parlamentares republicanos, testam positivo para a doença, após terem minimizado a doença e ignorado medidas para evitar o contágio.

Na réplica, Pence defendeu a forma como a Casa Branca lidou com a pandemia e disse que Trump salvou milhares de vidas ao fechar as fronteiras com a China, onde o surto teve início. “Desde o primeiro dia, Trump pôs a saúde da América em primeiro lugar.”

Ao final do debate, os candidatos falaram sobre o racismo e Harris criticou o caso George Floyd, morto asfixiado com um joelho sobre seu pescoço em Minneapolis, nos Estados Unidos. Ela afirmou que a família de Breonna Taylor, que também foi morta por policiais, não teve a justiça que merecia. “Nunca vamos tolerar a violência, mas devemos lutar pelos valores que prezamos”, declarou a candidata. 

Harris disse ainda que precisa haver reformas na polícia e na justiça criminal, e defendeu a proibição de estrangulamentos, a exigência de registro nacional para policiais que infringirem a lei, o fim das prisões privadas, da fiança em dinheiro e a descriminalização do porte de maconha.

Já Mike Pence lamentou o caso de Taylor, mas disse acreditar no sistema de justiça dos Estados Unidos. “Em relação a George Floyd, não há desculpas para o que aconteceu, mas a justiça será feita”, afirmou, acrescentando, porém, que não existe razão que justifique os protestos violentos.

“Mas essa ideia de que a América é sistemicamente racista e de que há preconceito implícito na aplicação da lei, como dizem Biden e Harris, é um grande insulto para os homens e mulheres que trabalham nesse setor”, afirmou.

Da Redação/Luciano Reis Notícias, com Metro 1