Por Luciano Reis, Radialista (DRT-8242/BA), da Redação, quarta-feira, 30 de abril 2025- 14h26, para o Luciano Reis Notícias
Na sessão ordinária de terça-feira (29), o vereador Luciano Almeida (UB) e as vereadoras Luma Menezes (PDT) e Jaldice Nunes (UB), representantes da bancada de oposição, relataram um episódio de desrespeito institucional na visita ao Hospital Materno Infantil de Alagoinhas, instalação administrada pela Liga Álvaro Bahia via Parceria Público-Privada (PPP).
Segundo o vereador Luciano Almeida, a visita à maternidade foi motivada por denúncias de servidores efetivos e relatos de médicos em situação desesperadora por falta de pagamento. Durante a tentativa de fiscalização, os parlamentares relataram que foram impedidos de acessar setores da unidade pela diretora operacional Larissa Paiva, que sequer os recebeu, mesmo após a chegada da Polícia Militar, chamada para garantir o cumprimento da prerrogativa legal dos vereadores.
Câmara Municipal de Alagoinhas. Fotos – Jhô Paz
“Esta é a segunda vez que tentamos falar com a diretora. A primeira foi naquele caso trágico da jovem parturiente que faleceu dias após a inauguração do hospital, ainda sem estrutura adequada. A negligência ali tem nome e sobrenome”, afirmou o vereador. Ele ainda anunciou que apresentará uma moção de repúdio à direção da unidade e à própria Liga Álvaro Bahia.
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A vereadora Luma Menezes reforçou a gravidade da situação. “Nos disseram que ali era um espaço privado. Como assim? Aquilo é um prédio público, construído com recursos públicos, e deve servir à população”, questionou. Durante a visita, a parlamentar identificou uma parturiente em estado grave por infecção pós-parto não diagnosticada corretamente, o que, segundo ela, apenas comprova as diversas denúncias que chegaram ao seu gabinete.

Já a vereadora Jaldice Nunes, presidente da Comissão de Saúde da Câmara, relembrou que não votou a favor do projeto que entregou a gestão da maternidade à organização. “Tudo foi feito às pressas, em vésperas do período eleitoral, sem diálogo com os servidores ou sindicatos.”, declarou. “Não fui ofendida somente na condição de vereadora, mas de presidente da Comissão de Saúde, assim os 17 vereadores que me elegeram para este cargo também foram desrespeitados”.

Situação
O vereador José Edésio (Progressistas), líder da bancada de situação, manifestou indignação diante do ocorrido com os parlamentares e relatou também um episódio anterior em que foi impedido de dialogar com a gestão da unidade dentro de sua instalação. Em sua fala, expressou apoio aos colegas e fez duras críticas à diretora da instituição. “Infelizmente, a enfermeira Larissa, que diz ser diretora da instituição, não aprendeu os princípios éticos de tratamento para com os demais servidores ou seus colaboradores”, afirmou. “Eu tive que me reunir fora de lá com elas para debater o piso salarial, levar o secretário de saúde, porque não tinha condições de adentrar na instituição para discutir com os servidores o seu piso salarial”.

A vereadora Juci Cardoso (PT) destacou a gravidade da obstrução à atividade parlamentar ocorrida na Maternidade Municipal e relembrou episódios semelhantes no passado. Em defesa do papel fiscalizador da Câmara, afirmou: “Alagoinhas não pode reinventar a Constituição Federal, muito menos uma entidade privada. Quem paga a conta dos serviços públicos são os munícipes. São os impostos das pessoas físicas e jurídicas que custeiam a máquina pública, executada pelo Executivo e fiscalizada, assim diz a lei, pelo Legislativo”. Porém, apesar de criticar a postura da organização social, destacou que a atual gestão municipal, do prefeito Gustavo Carmo, não foi omissa, citando a presença intermediadora do secretário de Governo e vereador licenciado Anderson Baqueiro.

O vereador Caio Ramos (Progressistas) também se solidarizou com os colegas que foram impedidos de exercer seu papel fiscalizador na unidade de saúde e destacou a importância do respeito institucional à Câmara Municipal. “Quero me juntar a vocês, Luciano, Luma e Jaldice. Realmente, nós vereadores precisamos ser respeitados e é com indignação que a gente recebe toda essa informação que você traz aqui à tribuna nesta tarde”, disse.

Por fim, o presidente da Câmara, vereador José Cleto (PSD), manifestou repúdio ao episódio envolvendo a diretora da unidade de saúde e os parlamentares, enfatizando a prerrogativa constitucional dos vereadores em espaços públicos. “É inadmissível que algo desta natureza ocorra em pleno século 21. O vereador e a vereadora possuem a prerrogativa de adentrar em todo e qualquer espaço público no âmbito do nosso município. Até porque, onde a população não pode entrar, a mesma escolheu representantes para fazê-lo. Esta Casa não compactua com algo desta natureza, tenho certeza também que o prefeito Gustavo não”, concluiu.

Para assistir a sessão na íntegra, clique no link: TV Câmara Alagoinhas
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Da Redação- Luciano Reis Notícias
Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Ascom – Câmara Municipal de Alagoinhas